
A proposta de transporte público gratuito vem ganhando força no Brasil e reacendendo o debate sobre mobilidade e desigualdade.
Mais de 100 cidades já adotaram algum modelo de tarifa zero, garantindo que o direito de ir e vir não dependa do bolso de cada um.
Em Maricá (RJ) e Luziânia (GO), o número de passageiros aumentou e o comércio local foi impulsionado.
Para quem vive na periferia, a gratuidade representa muito mais do que economia — é acesso a trabalho, saúde, educação e dignidade.
Mas a medida ainda divide opiniões. O desafio é o custo: sem a cobrança da passagem, o sistema precisa de novas fontes de financiamento.
Mesmo assim, estudos indicam que cada real investido retorna quase quatro vezes em benefícios sociais e econômicos.
Mais do que uma questão de orçamento, a tarifa zero é um debate sobre prioridades políticas e o tipo de cidade que queremos construir — mais justa, inclusiva e acessível a todos.
Em um país onde milhões ainda caminham longas distâncias por não poder pagar a passagem, garantir o transporte gratuito é dar o primeiro passo rumo à igualdade real no direito de ir e vir.