Nesta terça-feira (11), o presidente Lula reuniu com a governadora Raquel Lyra, prefeitos, senadores e deputados federais pernambucanos, para assinar o acordo-base que irá garantir recursos para indenização destinada aos donos dos apartamentos de prédios do tipo caixão. Serão mais de 14 mil famílias beneficiadas.
E para isso, serão destinados R$1,7 bilhões, podendo as indenizações chegar ao valor de R$120 mil Reais, e as famílias também serão incluídas nos programas habitacionais do “Minha Casa Minha Vida”.
Os prédios caixões em Pernambuco, especialmente em Olinda, têm sido um grande problema. São construções erguidas na década de 1980, feitas com materiais de baixa qualidade e, geralmente sem o cumprimento de normas técnicas adequadas, o que resulta em um risco constante de desabamento. Com o tempo, essa negligência resultou em danos significativos nas estruturas, aumentando o risco.
Em Olinda, vários desses prédios apresentam rachaduras visíveis, ferragens expostas e problemas de infiltração, tornando-se um perigo para os moradores, que vivem com muito medo, visto a possibilidade de desabamentos e risco de morte.
Em Olinda, há registro, de ao menos 129 prédios que estão em risco iminente de desabamento. A situação é tão grave que muitas famílias já foram retiradas dos imóveis e transferidas para abrigos temporários. De acordo com a Defesa Civil, as edificações mais críticas são monitorados regularmente, mas a falta de manutenção adequada ao longo dos anos dificulta a reversão do quadro.
Maria dos Santos, moradora de um dos prédios afetados, conta: “vivemos com medo, cada estalo que a gente ouve é um pânico. Já fizemos várias denúncias, mas nada foi resolvido até agora. Esperamos que a indenização nos ajude a encontrar um novo lar”.
Os prédios caixões em Pernambuco são um exemplo trágico de como a negligência na construção civil pode ter consequências graves e duradouras. A solução de indenização oferecida pelo governo federal é um passo importante, mas é essencial que medidas preventivas sejam adotadas para garantir a segurança das futuras construções.