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    EDITORIAL: João X Raquel, uma polarização sem grandes convencimentos

    Visto algums debates percebidos que emergiram nas últimas semanas em canais de comunicação, desenha-se solidamente o clima de polarização entre os então candidatos, Raquel Lyra (PSD) e João Campos (PSB).

    No campo da esquerda, a unificação em torno do socialista João Campo tem sido quase um caminho inquestionável. No entanto, mesmo com tamanha popularidade, o “meu prefeito” tem deixado a desejar na apresentação do que seria o seu projeto para Pernambuco.

    É bem verdade que no âmbito das movimentações nacionais, João tem nacionalizado a importância da sua candidatura, sobretudo para o presidente Lula (PT), o que fará seu palanque ter grandes nomes como aliados.

    Soma-se a isso, o próprio legado que João herdou, do seu avô, Migual Arraes e de seu pai, Eduardo Campos.

    Mas por outro lado, também é perceptivel que Raquel Lyra tem feito uma gestão com boas entregas e a permanência de um governo presente em todas as regiões e angariando apoios, sobretudo dos prefeitos, o que tem aumentado a popularidade da governadora.

    Porém, assim como João Campos, a governadora erra, também, em não apresentar o seu projeto para os próximos anos. Resumindo-se muito no jargão, “Pernambuco meu país”, ela até agora não mostrou uma perspectiva futura para os pernambucanos, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento do estado e ao enfrentamento, por exemplo, de contradições como a geração de emprego e declínio da violência.

    E essa carência de projeto, além de empobrecer o debate político, faz com que, em ambos os lados, se estabeleça uma debilidade no convencimento mais crítico, acerca das candidatura postas.

    E frente a esse hiato programático, pessoas que se posicionam no campo popular e de esquerda refletem até a votar em Raquel, sejam pelos resultados apresentados por sua gestão, ou por, também não confiar no hegemonismo do PSB, visto as experiências dos seus governos anteriores.

    Realidade que também existe do lado da governadora, onde grupos e lideranças que, nessa apatia de projeto, estão preferindo se preservar, ao invés de declarar de pronto, o apoio a reeleição de Raquel.

    Ou seja, embora já existam palanques, pesquisas e articulações para as eleições governamentais de 2026, ainda faltam, dos dois lados, um projeto e um convencimento mais crítico para os nomes que se colocam como alternativa ao governo de Pernambuco.

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