
Neste 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o Brasil volta os olhos para uma das mais graves violações de direitos humanos. A data é um marco de conscientização e mobilização da sociedade para enfrentar esse tipo de violência que atinge, silenciosamente, milhares de crianças e adolescentes em todo o país.
De acordo com dados do Disque 100, apenas nos quatro primeiros meses de 2023, foram registradas quase 400 mil violações de direitos humanos contra crianças e adolescentes. Desse total, 17.580 foram especificamente ligadas à violência sexual. O Brasil também ocupa um triste posto no cenário internacional: é o quinto país do mundo com maior número de denúncias de abuso sexual infantil online, com mais de 52 mil páginas denunciadas somente em 2024.
O perfil das vítimas é claro: a maioria são meninas, representando 87,7% dos casos. Além disso, 68,7% das notificações apontam que os abusos ocorrem dentro de casa, muitas vezes praticados por pessoas próximas à vítima, o que reforça a importância da vigilância e do diálogo constante com crianças e adolescentes.
Denunciar é essencial para interromper o ciclo da violência. Os principais canais de denúncia são o Disque 100 (Direitos Humanos), o Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher), o WhatsApp (61) 99611-0100, o Telegram (@DireitosHumanosBrasil) e o canal da Polícia Federal para crimes cibernéticos. O sigilo é garantido e qualquer pessoa pode denunciar.
Em Olinda a luta contra a exploração sexual infantil também ganha força durante o mês de maio. A Prefeitura realiza palestras e rodas de diálogo com estudantes da rede municipal, levando informação e orientação. O Conselho Tutelar também é um importante órgão que ajuda na garantia dos direitos de crianças e adolescentes vítimas de violência.
A proteção das crianças e adolescentes é dever de todos: família, Estado e sociedade. A violência sexual deixa marcas profundas e duradouras, mas pode ser enfrentada com informação, acolhimento, políticas públicas e, acima de tudo, com o compromisso coletivo de não se calar diante de nenhuma forma de abuso.