Recentemente, a deputada estadual Dani Portela (PSOL) tornou-se alvo de uma denúncia feita ao Ministério Público de Pernambuco, devido a uma contratação de uma possível empresa fantasma pertencente ao tio do seu marido, o advogado Jesualdo Campos Júnior.
Com a notícia, o partido da parlamentar, emitiu uma nota, externando nenhuma solidariedade à deputada, avaliando a situação como algo grave e defendendo que o caso seja apurado com transparência e legalidade.Ainda no comunicado, o PSOL informou não ter participação e acompanhamento político sobre o mandato, e que a relação, entre o partido e Dani, anda fragilizada, haja vista, sua não participação da vida orgânica e militante da legenda, a exoneração dos dirigentes partidários de seu gabinete e suas relações de proximidade com o PT e outros grupos de direita.
Contudo, após a publicação da nota pela direção estadual do PSOL, outros membros da própria diretoria, conjuntamente se pronunciaram em desfavor da posição do partido, defendendo, que Dani Portela seja ao menos escutada pelas instâncias partidárias existentes e detentoras das prerrogativas de apuração, discussão e encaminhamentos sobre os fatos denunciados.Por outro lado, frente a indiferença do PSOL com a deputada, outras organizações externaram solidariedade à Dani Portela.
A exemplo da Juventude do PT, que junto com o Levante Popular da Juventude, Juventude Socialista Brasileira (JSB) e a União da Juventude Socialista (UJS), emitiram uma nota, destacando o perfil combativo da parlamentar e interpretando a denúncia feita, como um “ataque disfarçado”, na intenção de silenciar a voz e deslegitimar o mandato da deputada.
“A juventude pernambucana, presente nos movimentos sociais, nas universidades, nas periferias e nos espaços de resistência, oferece toda a solidariedade à deputada Dani Portela e reforça: Dani, você não está sozinha”! Manifestaram as organizações na nota conjunta.
E frente ao conjunto das reações, fica aqui a reflexão sobre a quem vai servir a denúncia feita contra Dani? Ao PSOL, que almeja seu mandato; a governadora Raquel Lyra (PSD), que tira de foco as denúncias feitas pela CPI que acontece na ALEPE, visando apurar possíveis irregularidades nos contratos de publicidade do governo estadual; ou ao PT, que com o fato, acelera ainda mais a vinda da parlamentar ao partido do presidente Lula?
