Em dois dias de chuvas, os transtornos já conhecidos pela população começaram a ressurgir: ruas alagadas, canais transbordando e corredores, como a Av. Presidente Kennedy e a II Perimetral, com água travando o trânsito.
A obra do Canal do Fragoso está em andamento, mas ainda assombra os moradores dos bairros de Jardim Fragoso, Jardim Atlântico e Rio Doce.
Os morros também requerem muita atenção. Uma grande parte da população de Olinda reside neles, e muitos estão em áreas de risco, uma problemática histórica que já levou muitas vidas.
Bairros como Peixinhos e Jardim Brasil sofrem todos os invernos com alagamentos. Moradores de comunidades como Giriquiti, Marezão, Ponte Preta e Burra Nua veem suas casas serem invadidas pela água, que se mistura ao esgoto.
Com a chegada do período das chuvas, adultos e crianças lotam as emergências com doenças de pele, respiratórias e até leptospirose.
A prefeita Mirella está diante do seu primeiro desafio como gestora: lidar com problemas históricos e uma estrutura deficitária. Em publicação nas redes sociais, ela afirma que as equipes da Defesa Civil e de outras secretarias estão em prontidão para atender às demandas do período. Mas será isso suficiente?
Há uma necessidade urgente de ações preventivas, contínuas e que atinjam a raiz do problema. É necessário pensar em uma política de habitação que retire as pessoas das regiões de risco e ofereça condições dignas de moradia.
Também é essencial implementar ações preventivas, como a limpeza de canais, galerias pluviais, macro e microdrenagem, além de promover campanhas educativas para conscientizar a população.
Não é uma tarefa fácil. Com os impactos das mudanças climáticas, as questões ambientais precisam ser tratadas como prioridade. É preciso correr atrás do tempo perdido.