
Não é segredo, o quanto Raquel Lyra (PSD) é grata a duas prefeitas, Dona Graça (PSDB), gestora de Catende e a professora Elcione (PSD), de Igarassu. Ambas são conhecidas como as “queridas do palácio”, sobretudo pelo apoio que a dupla deu nas eleições de 2022, que culminou com a vitória da governadora.
E os gestos feitos por Raquel aos dois municípios são sim percebidos, seja na atenção do governo às demandas das duas cidades, seja na alocação de recursos e articulações feitas pelo Palácio, em favor das duas prefeitas. De fato, a governadora torce bastante pelo sucesso de suas aliadas.
Uma terceira “queridinha” de Raquel também tem sido Mirella Almeida (PSD), de Olinda, que tem feito uma gestão dinâmica e tem caído no agradado da governadora.
Porém, mesmo tão agraciadas por Raquel, o trio de gestoras, nas últimas semanas tiveram baques significativos em suas respectivas administrações, demonstrando dificuldades em seus governos.
Em Catende, município da Mata Sul de Pernambuco, em virtude da crise financeira que passa a cidade, o pagamento das atrações artísticas que se apresentaram nos eventos da prefeitura não foram feitos, incorrendo assim em uma grave denúncia feita no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).
Em virtude dos atrasos milionários, artistas solicitaram aos órgãos uma auditoria nas contas e até mesmo uma intervenção na prefeitura. De acordo com as informações, as dívidas de Catende com os cachês superam os R$ 2 milhões, somente em 2025.
Já em Igarassu, a prefeita além de ter enfrentado uma greve dos trabalhadores da limpeza urbana (garis), devido a falta de pagamento dos salários, a crise financeira tem implicado em atrasos, também com os demais servidores da prefeitura, efetivos, contratados e comissionados.
E por fim, nas últimas semanas, Mirella Almeida teve que administrar uma greve dos estagiários da educação, devido ao não pagamento das bolsas para os estudantes, decretar medidas de austeridade fiscal, cortando gastos no municípios (inclusive com trabalhadores contratados) e a constituição de um bloco independente na câmara de vereadores, contando com 15 dos 17 parlamentares da casa legislativa.
Pelo visto, o problema das três queridas de Raquel resume-se respectivamente a dinheiro, dinheiro e dinheiro. Frente a isso, fica a questão: como e quando a governadora vai ajudar suas aliadas?





