
Alguns membros do Conselho Municipal de Assistência Social (CEMASO) apresentaram ao Diário de Olinda, a preocupação sobre a possibilidade da cidade perder o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, que atualmente atende mais de 550 crianças e adolescentes no contraturno escolar. Um serviço de grande relevância, sobretudo no enfrentamento as vulnerabilidades sociais dessa camada demográfica.
O programa se estabelece por meio de parcerias, envolvendo o governo federal, município e organizações da sociedade civil, que nos territórios, promovem múltiplas atividades educacionais.
Olinda já chegou a atender 1.400 crianças e adolescentes, mas, por decisão da gestão municipal, o serviço passou a ser executado de forma direta, havendo uma redução drástica do público atendido.
No entanto, após as avaliações negativas, em virtude das redução dos atendimentos, a prefeitura retomou a parceria com as organizações da sociedade civil, o que permitiu a recuperação gradual dos atendimentos. A meta atual seria alcançar 1.800 usuários.
Contudo, por se tratar de um serviço contínuo, foi necessário publicar um edital para renovação dos convênios com as entidades com pelo menos três meses de antecedência — o que ainda não ocorreu, faltando pouco mais de dois meses para o fim do ano de 2024.
Um conselheiro, que preferiu não se identificar, expressou preocupação com a possibilidade de interrupção do serviço, o que deixaria centenas de crianças sem atividades. Ele também denunciou a falta de participação da gestão nas reuniões do CEMASO, relatando ausência de representantes governamentais e da própria secretária de Assistência Social, que, segundo ele, não comparece, tampouco dialoga com o colegiado.
Uma situação grave, e o risco de o município perder o projeto é real. O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos representa um investimento de mais de meio milhão de Reais por ano e desempenha um papel fundamental nas políticas públicas de assistência social.





