
O mês de agosto é marcado pela campanha Agosto Lilás, dedicada à conscientização e ao combate à violência contra a mulher. A ação busca informar, alertar e encorajar vítimas e testemunhas a denunciarem casos de agressão, reforçando que violência não é apenas física — ela também pode ser psicológica, moral, sexual ou patrimonial.
No Brasil, a luta contra esse tipo de crime ganhou um marco em 2006, com a criação da Lei Maria da Penha, considerada uma das legislações mais avançadas do mundo no enfrentamento à violência doméstica e familiar. A lei prevê medidas protetivas de urgência, punições mais severas para agressores e apoio às vítimas por meio de órgãos especializados.
Mesmo com o avanço legal, os números continuam alarmantes. Somente em 2024, foram registradas 1.459 mulheres vítimas de feminicídio, o maior índice desde o início da série histórica, em 2020. A média é de quatro mulheres mortas por dia em razão desse crime.
Em nove estados — Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo —, foram contabilizados 531 feminicídios neste ano, o que significa que, nessas regiões, uma mulher foi morta a cada 17 horas.
Desde que o feminicídio foi tipificado como crime, em 2015, o Brasil já soma 11.859 mulheres assassinadas por essa motivação, um dado que escancara a gravidade e a urgência do problema.
Denuncie: ligue 180 ou procure a Delegacia da Mulher mais próxima.