
EDITORIAL: POR ONDE ANDAM AS ARTES NA CIDADE PATRIMÔNIO?
Comemoramos hoje (15), o dia mundial da arte, data pensada pela UNESCO, que, além de homenagear o nascimento de Leonardo da Vinci, também nos remete a reflexão sobre a importância das diversas linguagens artísticas para a construção de um mundo mais humano, belo e criativo.
Em Olinda, essa data deveria ser profundamente explorada, visto o potencial artístico e cultural da cidade patrimônio da humanidade. Pois para além do reconhecimento internacional da UNESCO, o município também é considerado, desde a década de 1980, um Monumento Nacional, em virtude do seu conjunto arquitetônico e histórico.
Além de tais condecorações, Olinda também é dona dos títulos de Primeira Capital Brasileira da Cultura (2006) e seu carnaval é considerado patrimônio Cultural e Imaterial de Pernambuco (2009).
E ao longo de sua história, foram vários os movimentos artísticos que floresceram na Marim dos Caetés, a exemplo do teatro do imortal Pernalonga e o teatro Vivencial, a TV Viva, o Cinema na Praça, o MangueBeat, o Coco de Roda e o Coco de Praia, a rabeca do Mestre Salu, o Arte em Toda Parte, entre tantas outras manifestações artísticas e populares.
Porém, diante dessas tantas historias, quando olhamos para os dias atuais, não percebemos mais essas manifestações e dinâmicas artísticas e culturais na cidade.
Frente a isso ficam aqui as perguntas, o que podemos enxergar no cenário cultural da cidade? E como estão as artes na cidade patrimônio?
Lembremos que Olinda nunca teve vocação para o silêncio, tampouco para a apatia. Sua cultura e produção artística vibram, só que precisam ser devidamente percebidas, e esse exercício deve começar por nós.