
No dia 9 de fevereiro, Pernambuco celebra o Dia do Frevo, ritmo vibrante que carrega a identidade e a história do povo pernambucano. Criado no final do século XIX, o frevo nasceu da fusão entre a marcha, o dobrado militar e a capoeira, tornando-se uma expressão única da cultura popular brasileira.
E se há um lugar onde o frevo pulsa com força e emoção, esse lugar é Olinda. A cidade histórica, Patrimônio Cultural da Humanidade, transforma suas ladeiras em verdadeiros palcos durante o Carnaval. Lá, o frevo não é apenas música; é resistência, tradição e alegria.
Os blocos e troças que desfilam pelas ruas de Olinda são embalados pelo ritmo acelerado do frevo, levando multidões a dançarem sob o sol quente, muitas vezes protegidas apenas por sombrinhas coloridas – um dos símbolos mais marcantes desse gênero musical. Grupos como Elefante de Olinda, Pitombeira dos Quatro Cantos, Homem da Meia Noite, Ceroula e Eu Acho é Pouco arrastam foliões ao som das orquestras de metais, mantendo viva a tradição e renovando o entusiasmo de cada geração.
Além do Carnaval, Olinda respira frevo o ano inteiro. Escolas, ensaios de blocos e apresentações culturais garantem que esse patrimônio continue forte e presente no cotidiano dos olindenses. O ritmo também se espalha pelo Recife, onde tem sua sede o Paço do Frevo, mas é nas ladeiras de Olinda que ele ganha vida de forma mais espontânea e autêntica.
Hoje, no Dia do Frevo, Olinda se reafirma como um dos principais palcos desse ritmo contagiante, onde música e dança se encontram para contar a história de um povo que, com suor e paixão, mantém viva uma das mais ricas manifestações culturais do Brasil.